Antes de começar….. você sabe aquele bonequinho do Michelin que todos conhecem? Ele tem nome!!! Se chama Bibendum, incrível, não?!

O evento de lançamento do Guia Michelin 2016 aconteceu ontem (28/04/2016) no salão nobre do Belmond Copacabana Palace, Rio de Janeiro, recheado de chefs, críticos, blogueiros/youtubers e autoridades governamentais. Em uma cerimônia simples e direta, foram selecionados os restaurantes nas categorias. Porém no Brasil, só temos um restaurante que possui duas estrelas, o D.O.M., do Alex Atala, que já era de se esperar. Também tivemos novos estrelados, abaixo segue a lista dos classificados para Bib Gourmand, Uma estrela e Duas estrelas (abaixo segue uma explicação sobre o guia e suas premiações):

Rio de JaneiroSão Paulo

Uma estrela

  • Eleven Rio

  • Lasai

  • Mee

  • Olympe

  • Roberta Sudbrack

Bib Gourmand

  • Anna

  • Artigiano

  • Entretapas – Botafogo

  • Gurumê

  • Lima Restô Bar

  • Miam Miam

  • Oui Oui

  • Pomodorino

  • Restô

  • Riso Bistrô

Duas estrelas

  • D.O.M.

Uma estrela

  • Attimo

  • Dalva e Dito

  • Esquina Mocotó

  • Fasano

  • Huto

  • Jun Sakamoto

  • Kan Suke

  • Kinoshita

  • Kosushi

  • Maní

  • Téte à Téte

  • Tuju

Bib Gourmand

  • Antonietta Empório

  • Arturito

  • Le Bife

  • Bona

  • Brasserie Victória

  • Casa Santo Antonio

  • Ecully

  • Jiquitaia

  • Manioca

  • Marcel

  • Mimo

  • Miya

  • Mocotó

  • Petí Gastronomia

  • Sal Gastronomia

  • Tartar & Co

  • Tian

  • Tordesilhas

  • Zena Caffè

O que senti, algo que também foi reparado pela Raquel Arellano (do Blog Gordelícias) foi a falta de restaurantes de Cozinha Brasileira ou até de fusões com cara Brasileira, que são a minoria entre os premiados. Mas tirando essa questão, temos bons restaurantes, alguns deles já conhecidos por nós e outros que ativaram nossa curiosidade de ir. Foi bacana ver como o Brasil está crescendo no quesito Gastronomia.

Aqui no Brasil, a moda de ser cozinheiro é enorme, tal fato explica a quantidade enorme de programas existentes na TV e Internet. Isso é até válido em certo ponto, porém vale a pena observar que a classificação é um conjunto de regras rígidas. Existem muitos restaurantes que não se preocupam diretamente com os seus funcionários e com isso, aproveitam a fama, lançando restaurantes, marcas etc. Como consequência disso, o negócio é deixado de lado para uma marca/pessoa e quem mais sofre é o serviço. Para mim, além de uma boa comida, é o serviço que faz total diferença.

Avançamos bastante aqui no Brasil, digo que ainda estamos no "bife + chips de baroa + Hollandaise". Ainda falta bastante para alcançarmos a maturidade gastronômica, assim como os EUA e Europa, no entanto, acredito que não está muito distante, levando em consideração o atual momento em que vivemos: quem não muda, não sobrevive.

Sobre o Guia Michelin

Há um tempo, o guia oferece uma seleção dos melhores restaurantes e hotéis ao redor do mundo. Atualmente, sua seleção é composta por 27 guias, que cobrem 26 países em 4 continentes.

Tudo começa com dois irmãos em 1889 na França: uma empresa de pneus, em uma época que dirigir era uma aventura para poucos. Quando quase 3 mil carros circulavam na França pelos anos 1900, uma época sem GPS, Google Maps, quiçá Internet, os irmãos tiveram uma ideia de criar um pequeno guia com informações úteis para os novos aventureiros e pioneiros da estrada, reunindo diversos estabelecimentos de abastecimentos à troca de pneus (visionários, né?), recomendando lugares para comer e dormir, nascendo assim o Guia Michelin.

Com o passar do tempo o guia foi se tornando uma referência. Em 1920 o guia, que antes era gratuito, se tornou pago, removendo-se as publicidades, o que gerou um guia com liberdade quanto à avaliação dos lugares (visionários mais uma vez) e também tornou possível novos estabelecimentos que surgiam, os bons restaurantes.

Em 1923, o guia criou uma nova seção que se chamava "Hotéis e restaurantes recomendados". Pela primeira vez os restaurantes foram referenciados independentes dos hotéis, a partir daí os restaurantes começaram a ganhar estrelas. Contudo, em 1926, o significado de uma pequena estrela foi definido como "reconhecido por sua boa comida".

As Classificações e Estrelas do Guia Michelin

Antes de mais nada, é um Guia sério, afinal é Francês! A visita ao local é feito anonimamente, e a crítica é focada no leitor, os inspetores escolhem o melhor que tenham qualidade, não tem jeito, mais uma vez -- são franceses! É atualizado anualmente, e em 2015 começaram a avaliar os bons restaurantes pelo Brasil.

Bib Gourmand - a melhor relação qualidade/preço.

1 estrela - Uma cozinha requintada. Vale conhecer!

2 estrelas - Uma cozinha excelente. Vale o desvio!

3 estrelas - Uma cozinha excepcional Vale a viagem!